quinta-feira, 1 de março de 2012

Saudade


Saudade dura que bate em meu peito
Vazio que assola e consome
Dor insana em que me estreito
Que me aperto quando você some...
Este fantasma da distância
Que me segue noite e dia
Viver só de lembranças
É meu sofrer e agonia...
Olhar-te apenas de longe
Faz parte dos meus momentos
Suas palavras e imagens
Rodeiam meus pensamentos...
Sua sensibilidade evidente
E sua confusão eminente
Tornaram-se tão atraente
Quanto teu olhar inocente...
Tua doce presença,
Um bom dia ou um sorriso,
Espero com paciência
E é só do que preciso...
E aqui sem você querido
Olhando através da janela
Feita de pedaços de vidro,
Gotas escorrem nela...
Meu frágil e delicado espelho
Quando me cortastes minhas lágrimas resistentemente caíram
Em meu coração, sofrido ferido e partido
Algumas crateras se abriram...
Saudade do teu jeito doce
Tua fragrância está em minha alma.
Saudade do teu sorriso meigo
E de como teu abraço me acalma...
Lado a lado cada instante
Estávamos um do outro em companhia
Saudade da tua presença
Preenchendo todo o meu dia...
Saudade das nossas conversas
E do seu modo de pensar.
Saudade da sua percepção
E do seu jeito de me olhar...
Saudade simplesmente saudade
Eterna saudade
Que inevitavelmente me invade
E aumenta no fim de tarde...
Meu frágil mosaico de espelhos
O que te tornastes agora?
Ainda és um mosaico
Ou mudastes por fora?

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